O que é o compartilhamento de aeronaves? Como esta modalidade funciona, na prática? Quais são suas vantagens e desvantagens? Quanto custa? E para quem é indicada? É o que você descobrirá neste artigo.
Você sabia que, mais caro do que comprar um avião, é mantê-lo em operação? É justamente aí que o compartilhamento de aeronaves surge como um excelente recurso.
Sobretudo para quem deseja ter o seu próprio avião ou helicóptero, mas busca uma alternativa mais acessível.
Na propriedade compartilhada, a pessoa não precisará escolher um tipo e modelo de aeronave inferior que caiba no seu orçamento.
Afinal, além de investir uma quantia significativamente mais baixa para aquisição da aeronave, ela ainda irá compartilhar todas as despesas com um grupo de pessoas.
Sem contar as outras vantagens e facilidades que esta modalidade apresenta e que falaremos melhor no decorrer deste artigo. Vamos lá conhecer este universo?
Compartilhamento de aeronaves: o que é?
Para começar, nada mais justo do que explicarmos o que é o compartilhamento de aeronaves.
Em primeiro lugar, trata-se de um ramo da aviação executiva que vem ganhando força no Brasil, sobretudo depois da pandemia da Covid-19.
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Isso porque durante a crise sanitária, além da recomendação de isolamento social, muitos voos comerciais foram cancelados e chegaram a ficar indisponíveis por um certo tempo.
Com isso, a procura por voos particulares cresceu significativamente.
E muitos viram no compartilhamento de aeronaves uma alternativa interessante para garantir seus deslocamentos aéreos.
Afinal, você passa a ser proprietário de uma aeronave e pode usá-la sempre que precisar, por uma fração de custo.
Mas como isso acontece, na prática? É o que falaremos no próximo tópico.
Como funciona o compartilhamento de aeronaves
No compartilhamento de aeronaves, cada pessoa compra uma cota e passa a ter direito de uso do avião ou helicóptero.
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Ou seja, você se torna proprietário de uma aeronave pagando, podemos dizer, um preço bem abaixo do valor de mercado.
Além do mais, também há um rateio das despesas fixas mensais relacionadas à operação da aeronave.
Sem contar que uma empresa fica responsável por toda burocracia, o que inclui desde treinamento da equipe, manutenção, até questões legais inerentes à operação aérea.
Entretanto, vale destacar que, ao adquirir sua fração, cada um dos proprietários também passa a ter um limite de horas para voar no decorrer do mês.
Portanto, quanto maior o grupo de pessoas, provavelmente menos tempo você poderá voar.
Logo, apesar de grupos pequenos serem mais onerosos, eles oferecem mais flexibilidade e tempo de voo.
Acima de tudo, é importante esclarecer que os voos não acontecem em grupo, conforme algumas pessoas pensam. Cada proprietário pode desfrutar do seu direito com total exclusividade.
Vantagens e desvantagens da propriedade compartilhada de aviões ou helicópteros
Agora que você já sabe o que é e como funciona o compartilhamento de aeronaves, é hora de conhecer as vantagens e desvantagens desta modalidade.
Vantagens:
- Uma empresa administradora cuidará de toda parte burocrática, incluindo seleção dos pilotos, manutenção, hangaragem, etc;
- Geralmente, a disponibilidade das aeronaves é imediata. Ou seja, assim que o contrato é assinado, você já pode agendar seu primeiro voo;
- Todas as despesas são rateadas entre os proprietários, seja de manutenção à operação;
- É uma forma de economizar, sem abrir mão da segurança;
- Previsibilidade no fluxo de caixa;
Desvantagens:
- Não só os gastos são compartilhados, mas também o uso da aeronave;
- Há um limite de horas por mês ou por ano que cada cotista poderá voar;
- Apesar de ser uma situação rara, pode acontecer de a aeronave ser requisitada por mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Entretanto, as empresas costumam adotar alguns critérios para não deixar ninguém na mão.
Quanto custa a cota de um avião ou helicóptero
Quando o assunto é compartilhamento de aeronaves, uma das dúvidas mais comuns é em relação ao valor da cota.
De forma geral, acredita-se que esta modalidade é pelo menos um quarto mais barata do que investir em uma aeronave particular.
Mas, dependendo do tipo e modelo da aeronave e do número de cotistas, a economia pode ser ainda maior.
Isso porque a cota compartilhada consiste no rateio do valor total da aeronave entre um grupo de pessoas.
Além do mais, a cota de um helicóptero provavelmente será mais barata do que a cota de um avião, por exemplo.
Em suma, podemos dizer que há cotas a partir de R$ 500 mil.
Por outro lado, o compartilhamento de aeronaves também pode chegar a custar R$ 10 milhões para cada pessoa.
O que nem todo mundo sabe é que esta cota compartilhada é apenas um valor inicial.
Entenda, a seguir, quais outras despesas estão envolvidas no compartilhamento de aeronaves.
Custos relacionados ao compartilhamento de aeronaves
Além da cota compartilhada, outros custos estão envolvidos no compartilhamento de aeronaves.
Primeiro a mensalidade, um valor fixo destinado para o custeio de despesas como salários dos pilotos, seguro, taxa de administração e hangaragem, entre outras.
Ao mesmo tempo, também é necessário desembolsar um valor por hora de utilização, que é variável.
Neste caso, considera-se despesas como combustível e manutenção da aeronave, taxas aeroportuárias, entre outras que são rateadas entre os donos por hora de voo.
Públicos atendidos pela propriedade compartilhada de aviões
Basicamente, podemos dizer que o compartilhamento de aeronaves é uma alternativa que vem sendo comumente procurada e adotada por determinados grupos.
Tais como empresários, executivos de grandes empresas, celebridades, políticos e pessoas públicas, por exemplo.
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De forma geral, esta modalidade é uma boa opção para pessoas com baixa demanda anual por voos e, claro, recursos financeiros.
Estima-se que o compartilhamento de aeronaves já é considerado uma opção vantajosa para quem precisa voar a partir de 10 horas por mês ou até 400 horas por ano.
Já para quem voa esporadicamente, o táxi aéreo tende a ser uma melhor alternativa.
No geral, é importante analisar sua necessidade, principalmente fatores como:
- Tipo de rota;
- Capacidade necessária de transporte (quantas pessoas viajarão?);
- Quantidade de horas que costuma voar;
- Local habitual de pouso (costuma ser distante dos aeroportos?).
Agora conta pra gente: o compartilhamento de aeronaves seria uma boa opção para você?