7 passos para garantir a segurança na aviação executiva

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24.04.2023 | Por: administrador

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Quando falamos de segurança na aviação executiva, muitas pessoas automaticamente pensam na manutenção da aeronave. Mas a verdade é que esta é uma questão que vai muito além e contempla, inclusive, detalhes na contratação do serviço e na sua realização. Saiba mais a respeito neste artigo.

A busca pelo serviço de táxi-aéreo vem crescendo consideravelmente. Da mesma forma, a preocupação com a segurança na aviação executiva.

Afinal, o aquecimento do mercado tem aberto brecha para a atuação de empresas irregulares, o que coloca em risco aeroportos, tripulantes e passageiros.

Uma situação realmente preocupante considerando que a segurança é um dos principais atributos da aviação executiva.

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Assim como privacidade, abrangência, agilidade e flexibilidade.

Neste artigo, você terá a chance de conferir 7 condutas que você pode ter para garantir a segurança na aviação executiva, tanto na contratação, quanto na operação. Vamos lá?

1- Segurança na aviação executiva começa pela RBAC 135

Se você está em busca de mais informações sobre a segurança na aviação executiva, a primeira coisa que precisa conhecer é o Regulamento Brasileiro de Aviação Civil (RBAC) 135.

Trata-se de um conjunto de procedimentos, adequações, enfim, requisitos que as operações de táxi-aéreo precisam, obrigatoriamente, seguir. 

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Isso com o propósito de garantir não só o conforto, mas sobretudo a segurança dos voos.

Para facilitar o entendimento, investimentos e treinamentos contínuos são algumas dessas exigências legais. 

Entretanto, apesar de ser uma das determinações mais rígidas do mundo, ainda assim há operadores que não as seguem à risca.

Sobretudo aqueles que desejam se favorecer do boom do mercado, mesmo sem atender os requisitos legais mínimos necessários para este tipo de operação.

Mas como saber se o operador está adequado ou não ao RBAC 135? E o que fazer em caso negativo? É o que você verá mais adiante. 

2- Tenha cuidado na hora de contratar o serviço

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Os cuidados com a segurança na aviação executiva começam no ato da contratação

A segurança na aviação executiva é um critério a se avaliar antes mesmo da contratação do serviço. 

Nesse sentido, antes de fechar negócio, é preciso tomar alguns cuidados. Como, por exemplo, verificar quais medidas reguladoras a empresa adota.

E, ainda, quais certificados ela possui, por quais treinamentos seus pilotos passaram, o número de horas voadas e por aí adiante.

Em suma, o recomendável é realizar uma avaliação técnica e operacional, que falaremos mais detalhadamente logo mais. 

Veja também: Compartilhamento de aeronaves: o que é, como funciona, vantagens e mais

3- Desconfie de preços baixos

Por outro lado, também é importante atentar-se ao custo do serviço. 

Infelizmente, ainda existem no mercado algumas empresas que chegam a cobrar quase metade do valor que realmente vale um táxi-aéreo regulamentado.

Este é um forte indício de que você pode estar à frente de um táxi-aéreo pirata, também conhecido por táxi-aéreo clandestino (TACA). 

Afinal, com este custo tão abaixo do mercado, é praticamente impossível garantir a devida manutenção e treinamento dos pilotos. Assim como manter a documentação e as certificações em dia. 

Portanto, uma dica importante é: se desconfiar da empresa por conta do valor cobrado pelo serviço, solicite os documentos que atestam a manutenção da aeronave e qualificação dos pilotos. 

4- Averigue o tipo da aeronave 

O tipo de aeronave que fará o serviço de táxi-aéreo também é uma questão determinante na segurança na aviação executiva. 

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Em suma, além de estar com a manutenção e a documentação em dia, o avião ou helicóptero deve estar apto a operar em aeródromos. 

Contudo, além disso, também é importante observar algumas características.

Como, por exemplo, a capacidade de passageiros e de bagagens, como é a distribuição interna da aeronave, entre outros detalhes.

O mais importante, entretanto, é verificar se as características indicadas no ato da contratação correspondem à aeronave que você encontrará na hora do embarque.

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5- Certificações são determinantes para a segurança na aviação executiva

Outra conduta importante é checar as certificações da empresa de táxi-aéreo, tanto nacionais, quanto internacionais.

Mais do que reforçar o comprometimento da companhia, esses selos tratam da padronização das operações e serviços.

E, sobretudo, atestam a qualidade, eficiência e a segurança na aviação executiva. 

Entre os principais podemos citar o IS-BAO (The International Standard for Business Aircraft Operations).

Trata-se de um selo mundial estabelecido pelo International Business Aviation Council (IBAC) e que possui três níveis. 

Para quem não sabe, o IBAC é nada mais nada menos do que o mais importante órgão de certificação da aviação executiva no mundo.

6- Confira se a empresa e a aeronave têm homologação

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Para operar, tanto a empresa, quanto a aeronave precisam de homologação da ANAC

Pode até parecer óbvio, mas apenas aeronaves e empresas homologadas podem operar.

E é justamente esta homologação que garante mais segurança na aviação executiva. 

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Isso porque, além de indicar boas condições e procedência do avião ou helicóptero, ela também atesta a experiência da tripulação, entre outros atributos.

No Brasil, esta homologação é concedida pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), autoridade aérea brasileira.

Já para voos internacionais, é importante checar se há a homologação das autoridades estrangeiras. 

Mas como saber se a empresa e a aeronave têm ou não tal homologação? Veja algumas dicas a seguir:

  • Empresas brasileiras devem ter sede no país e precisam contratar seguro;
  • Aeronaves homologadas precisam ter um adesivo escrito TRANSPORTE PÚBLICO, geralmente próximo à porta;
  • No dia do embarque, analise se o prefixo da aeronave é o mesmo do que consta no contrato;
  • Dois pilotos treinados anualmente em simuladores de voo devem integrar a tripulação. 

7- Denuncie empresas irregulares

Outra forma de checar a regularidade das empresas e aeronaves de táxi-aéreo é por meio de uma consulta no site https://sistemas.anac.gov.br/voeseguro/.

Esta é uma página disponibilizada pela própria ANAC, onde qualquer cidadão interessado pode realizar, facilmente, tal conferência.

Para isso, basta informar a razão social ou o CNPJ da empresa ou marcas de nacionalidade e matrícula da aeronave.

Todavia, se a empresa ou a aeronave não aparecerem na consulta, isso significa que elas não possuem autorização para operar como táxi-aéreo.

Portanto, suspenda imediatamente a contratação.

Outra atitude que contribui diretamente com a segurança na aviação executiva é proceder com a denúncia. 

Se você tiver qualquer indício de que a empresa não está cumprindo com os requisitos necessários para a prática de táxi-aéreo, denuncie-a à ANAC.

Afinal, além de infringir o Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA), tal conduta pode colocar a segurança dos passageiros e até mesmo da tripulação em risco.

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